Assessoria de imprensa para os estudantes da USP

Ouso dizer que os estudantes da USP que invadiram a reitoria (e foram retirados na madrugada de hoje) cometeram uma série de erros do ponto de vista de comunicação.

Tudo começou com a detenção de três estudantes presos por um comando da PM (polícia militar) quando fumavam maconha dentro de um carro no estacionamento da faculdade de História e Geografia. A detenção destes estudantes gerou um protesto e confronto entre grupos de estudantes de outras faculdades que alegaram abuso de poder e atuação indevida dos policiais.

A presença ostensiva da Polícia Militar dentro do campus é contestada. Alguns estudantes acham que a segurança da área deveria ser como antigamente, ou seja, realizada pela própria administração da Universidade. Outros, talvez a maioria, acha que não. Que o campus da USP integra a região metropolitana de S. Paulo e é tão assediado pelos bandidos como qualquer outro bairro ou região da cidade. Há alguns meses, um estudante foi baleado e morto em um estacionamento de uma das faculdades quando tentou impedir o roubo de seu automóvel.

Não vou entrar na discussão sobre quem está certo no episódio. Prefiro analisar como um especialista em comunicação, assessoria de imprensa e relações públicas.

Há uma clara disposição da opinião pública a favor do policiamento do campus pela PM e endossada pelo noticiário (e vários artigos) publicado na imprensa.

Os responsáveis pela ação de invasão da Reitoria deveriam ter levado em consideração este aspecto e evitado uma série de dissabores, sendo que o principal foi a ação dos PMs nesta madrugada (às 5h20, quando estavam dormindo) para a desocupação do local.

Em uma das matérias exibidas pela Globo News li, em um dos cartazes, que a “imprensa é burguesa”. A minha recomendação para os líderes deste, humm, movimento é que na próxima vez ao invés de atacar a imprensa, façam o contrário: usem-na a seu favor, monitorando o “humor” da população e imprensa, identificando oportunidades de ação e procurando saberse as ações, se justas, são claramente entendidas pela opinião pública.

por Ricardo Braga, Art Presse

A Art Presse é uma consultoria de comunicação. Oferece serviços de Assessoria de Imprensa e Relações Públicas.

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